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A verdadeira sabedoria é saber o quão pouco nós realmente sabemos.

Sócrates

10/06/2010

Protágoras


Protágoras de Abdera (Abdera, 480 a.C. - Sicília, 410 a.C.) foi quem cunhou a frase "o homem é a medida de todas as coisas", tendo como base para isso o pensamento de Heráclito. Tal frase expressa bem o relativismo tanto dos Sofistas em geral quanto o relativismo do próprio Protágoras. Se o homem é a medida de todas as coisas, então coisa alguma pode ser medida para os homens, ou seja, as leis, as regras, a cultura, tudo deve ser definido pelo conjunto de pessoas, e aquilo que vale em determinado lugar não deve valer, necessariamente, em outro. Esta máxima também significa que as coisas são conhecidas de uma forma particular e muito pessoal por cada indivíduo, o que vai contra, por exemplo, ao projeto de Sócrates de chegar ao conceito absoluto de cada coisa.
Assim como Sócrates, Protágoras foi acusado de ateísmo (tendo inclusive livros seus queimados em praça pública), motivo pelo qual fugiu de Atenas, estabelecendo-se na Sicília, onde morreu aos setenta anos. Um dos diálogos platônicos tem como título Protágoras, onde é exposto um diálogo de Sócrates com o Sofista. Protágoras foi amigo pessoal de Péricles.
Filósofo sofista e legislador grego, natural de Abdera, cidade litorânea entre a Macedônia e a Trácia, o mais antigo e o mais destacado sofista, criador do método da antilogia. Com magistério em várias cidades, viajou por toda a Grécia e esteve várias vezes em Atenas, onde alcançou grande sucesso como legislador e professor. Foi-lhe confiada por Péricles, a tarefa de preparar a legislação para a nova colônia de Túrion, no Golfo de Tarento, Sul da Itália (444 a. C.). Ensinou por muito tempo em Atenas tendo como princípio básico de sua doutrina a célebre frase: "O homem é a medida de todas as coisas e daquelas que são, enquanto são; e daquelas que não são, enquanto não são", usada pelos humanistas.
Idealizador dos mestres sofistas, grupo de mestres gregos que sobreviviam profissionalmente do ensino de ciências, foi um sábio profícuo, do mesmo porte do seu conterrâneo e contemporâneo atomista Demócrito. Acusado de ateísmo, teve de fugir de Atenas, onde foi processado e condenado por impiedade, e a sua obra sobre os deuses foi queimada em praça pública. Refugiou-se então na Sicília, onde morreu com cerca de setenta anos (410 a. C.), dos quais, quarenta dedicados à sua profissão. Platão deu seu nome a um dos seus diálogos e sua principal obra foi As antilogias.

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